Dores do mundo
A noite vagueia numa parte do mundo, refugiada da outra, que o sol invadiu. O tempo vai retalhando momentos na rotina de cada um. Assim como fotografias impressas, são as dores do mundo, emolduradas nos enredos surpreendentes de cada vida, de cada lugar. O século se lota de avanços tecnológicos e descobertas, de que o mundo é palco para disputas e sem critérios, para que seja justa a luta. O troféu: tão somente o poder e ganância! É que a matéria ainda não foi entendida como degradável, mesmo quando se mata, pelas teorias impostas como certas, ou pelo poder exercido abusivamente.
A humanidade sempre foi bélica na sua ordem de progresso. Sempre destruiu para se referir à evolução. Sucessivamente roubou para se mencionar à igualdade de direitos e deveres. Invadiu para se dirigir e impor a posse de territórios. Os maiores terrenos são os que cultivam a essência da serenidade e comunhão do bem. Esses se encontram dentro de cada um que queira regá-los.
Mas a discórdia sempre datou tragédias para a história contar ao futuro. Genocídio de Gana, holocausto em Auschwitz – Bikernau, hecatombe brasileira em Barbacena, Escravatura, Santa Inquisição, bombardeio atômico em Hiroshima e Nagasaki, dentre tantas guerras, acidentes como os de Chernobyl, fome na África, Etiópia. E ainda hoje o feminicídio, os tribunais sem lei, o homicídio, os estudos para se munir de bombas com alto poder destrutivo, visando o próprio lar. Toda idolatria a seres que são igualmente dependentes...
... A solidão galanteia as pratarias do luar, enquanto o silêncio ecoa em saudades e tristezas, fazendo desabrochar lágrimas.