Não me acostumei com sua ausência

Engraçado que por anos estivemos tão perto e eu achava uma chatice quando você muito sábio lançava a famosa frase: "tem pessoas que só valoriza um amor quando perdem". Agora carrego isso como uma verdade, assim como o fato de sermos proibidos um para o outro.

Eu que sempre fui intensa, não consegui mergulhar na intensidade do seu amor, como também não estive contigo quando fez todos os nossos planos e nem mesmo quando sonhou com o que talvez possa estar vivendo hoje. Confesso que não imaginava um recomeço dessa forma, antes de tudo acreditava na amizade que nos cercava.

Com certeza doeu muito. Minha insegurança cegou cada gesto de amor demonstrado, e não foram poucos. Nunca desistiu de me resgatar quando eu estava claramente afogada e estacionada em um amor passado esperando uma volta sozinha.

Sabe...continuo amando as flores, mas as brancas chamam mais minha atenção. Em cada uma recordo de cada vez que me magoava e sempre batia a porta com uma pedindo desculpas e fazendo charme. Os livros? guardo todos. Foi através de um deles que consegui dar passos. Em tudo isso te sinto perto.

Sempre visito nosso lugar favorito e me vem uma brisa leve que me faz refletir sobre o sentimento tão bonito que nos cobria. Fico cercada de lembranças e um imenso desejo de falar contigo. Como consequência um sorriso me escapa e uma lágrima desce.

Posso afirmar que conheci o amor verdadeiro, embora ele tenha partido sem dizer um "seja feliz". Não deu tempo, o que sinto nesse momento é saudade...ainda não me acostumei com sua ausência.

Fabiana Reis
Enviado por Fabiana Reis em 28/07/2019
Reeditado em 25/12/2019
Código do texto: T6706696
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