Parentes & Aparentados...

Tratemos com carinhosa e protetiva dedicação os nossos dentes!

Até mesmo porque jamais serão outros, senão sempre e sempre eles, os nossos mais legítimos, presentes e prestativos parentes... em quase toda a inexorável duração desta comunicativa ou espinhenta vida que ora vivemos debaixo do Sol, desde o gradual surgimento dos nossos adoráveis primeiros dentinhos de leite até a banguelice, digo, até a avançada e aqui e ali desdentada velhice...

Já os indivíduos que tradicional e consanguineamente os temos por membros familiares - ao menos os do primeiro ao terceiro grau - esses os levemos sempre em rédea curta, bem curta... pois são universalmente sabidas as suas "fraquezas", quase sempre traduzidas em intermináveis e nadicadenada fáceis necessidades próprias, os quais indivíduos, caso não locupletadas as suas hereditárias vontades e necessidades e ambições e ganância, disso bem certos estejamos, e bem logo conviveremos com inabafáveis lamentos, carrancas, distanciamentos e mil e uma impensáveis modalidades de aborrecimentos...

Outro dia ainda, acreditem, nem sei como me encorajei a "lavar" a "cara", quando passei as mãos num naquinho de brio próprio, e fui ao dentista cumprir digníssima agenda: fazer uma cuidadosa revisão no estado de saúde dos meus melhores parentes! Ali adentrando no consultório odontológico, qual não foi a minha surpresa, ao ser apresentado a uma profissional que bem poderia ser minha neta, tão novinha e jovial...

...E o melhor de tudo no rápido, eficaz e confortável tratamento dentário - o qual foi absolutamente indolor para a minha alma, meu corpo e meu bolso, foi a jovem, competente, jovial e entusiasmante profissional ter ouvido com atenção, e concordado assertivamente com os meus argumentos sobre os meus parentes, digo, os meus dentes. """

Armeniz Müller.

...Oarrazoadorpoético.