Nunca fui santa

A verdade é que nunca fui Santa,

Nem tive algum dia a pretensão de ser

Pois está claro.

Menti, mas amei sim...

Prefiri me divertir,

Do que viver conto de fadas inadequado

Até fiz de conta,

Creio que o alheio do mesmo modo...

Revelo-me em apelo a lembranças,

Tudo fora fotografado,

E até o que não fora capturado em imagem

Materialmente falando,

A ideia se fez fixa em pensamentos

Altas doses de tequila,

Taças de vinho,

Cada dia uma nova mulecada

Ainda que em segredo pelos cantos da cidade

Estava cansada de sentir-se presa,

Outras bocas,

Outros sexos...

Outra dimensão...

Ali me encontrei e gostei...

Fui repetindo,

Foi me consumindo.

Até que no fim,

O alvoroço ressentido e doído passou...

Repeti as doses

E confesso ter adorado...

Orgulho do que fora feito,

São flashes,

São risadas e vozes

Luzes de néon,

Vômitos em suspense

A espera de palavras,

Arrastadas a um ombro amigo

Fugindo das aventuras animalescas

É estranho se pensar,

Mas é como se lá estivesse

Meu corpo a bailar como a primeira vez

Dançar loucamente sob meia luz,

A menta que exalava da boca

Em fumaça levava toda a inocência

De levar cacetadas da vida,

A sensação de liberdade ainda prevalece,

São fases que verdadeiramente fortalece

Amadurecer seja isso,

Passar por esta tamanha transição

Mas que em poucas palavras

Não se termina um vintém

Do que já fora ocorrido...

Viagem Minha? Ow é Poesia?