Ainda hoje sou estréia

Hoje acordei com os olhos cheios de paz!

Surpreendido pela face que vejo ante ao espelho da vida e onde o rumos tomados me levaram. A memória me transporta ao dia que quis experimentar o sabor exclusivo de ser inédito e desafiei todo o equilíbrio do mundo conhecido.

Cada lágrima parece agora simplesmente necessária, indispensável foi o tempo gasto e sou grato pelas coisas que desejo reviver, mesmo não sendo possível voltar ao que foi. Sou quem encaixa as ideias na fila das ações, sou prova do amor aonde chego e quem deixa que a originalidade encante na sinceridade e improviso do instante.

Recebo dos olhos de quem me dá, a porção oferecida com a reverência mais profunda, pois não há intenção de pagamento para a oferta gratuita. Vivo a completude de estar satisfeito com o curso dos dias, sempre em seu sentido que leva e é leve, segue.

Tomei para mim a página que escrevo, a linha de agora, fresquinha. E absolvido esteja todo ser que respira, que livre de toda repetição, liberte de todo padrão para vida e faça sua jornada pura e puramente escolhida.

Ainda me surpreende essa face que tenho diante do espelho, cada vez de mim mais desprendida. Ela é expressão de recomeço, sabedoria admitida, fruto que ainda não conheço, apenas contemplação, simplesmente não tem preço, não é mais um misto de repetição, não tem endereço.

Paz! Acordei com os olhos cheios de hoje.