Pesado
Papel

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Portando vários dizeres
Se lançou pelos ares, o papel
Dizeres de sonhos, de dores, de amores
Ganharam o tempo, o vento e o espaço
Arrastou-se, se entrelaçando entre fios
Por galhos e espinhos foi perfurado
Mudou de direção
Com todos os sonhos e os dizeres
Ainda pairando e vagueando no ar
Mas mantendo o bailado
 Sem mudar seu destino legado
...sem deixar de voar,
...de correr, de voar!
 
Enquanto todos os olhos do mundo adormeciam
Enquanto o sereno caía redobrando seu fardo
Enquanto teias teciam obstáculos na contra mão
O papel umedecido e ensopado
 Retardava o calor ávido de duas mãos

Pesando em lágrimas, um coração
Angustiado e esperançoso
Ligeiro perambula, batido, ferido e pisoteado
Na direção prometida, contendo aqueles dizeres
Cercado de sonhos,
De mais dores e mais amores

Procurando só...
Não sabe, mas não demora esse bailado
Chegará no seu ponto final
...no seu ápice e seu palco encantado

Para aportar, dar seu último giro suspenso 
Passar seu recado...

E só assim cumprir seu papel,
Depois, enfim repousar!