Grilhões encharcados
Em um lapso de consciência, respiro
Assustado, não sabendo onde estou
Até quando eu estava submergido
Que por nesse momento querer respirar a mim mesmo
Subi a superficie e não reconheço nada
Por quanto tempo abaixei a cabeça e trabalhei?
Por quanto tempo deixei o trabalho seguir, em querer adiantar algo pra deixar o dia seguinte mais suportavel, mas dia seguinte chegava e não era, e tentava de novo, e de novo e cada vez mais as correntes me prendiam nesse tanque chamado rotina.
Se voce produz, é bom
E te cobraremos por isso
Se você faz mais, é bom
Virará obrigação, e te cobraremos por isso
Se voce estiver doente
Ou nao estiver bem
E nao chegar proximo
Do que nós mesmos colocamos
Como básico, obrigação
Você não nos vale
E isso ouvi a cada dia,
E me afoguei mais cada dia
Arranquei pedaços pra manter
Algo impossivel de ser mantido
Até o baque
E desesperado busquei ar
Busquei a mim mesmo
Por quanto tempo me anulei
Abaixei a cabeça e trabalhei?
Não deveria ser assim
Não deve ser assim
Não irá ser assim
Agora faço o suficiente para me manter
Ja que este 'workaholic' perdeu o tesão
Quando faço, me dedico, 150%
Mas quando me sinto usado
Sem nenhum suporte
Nem reconhecimento
(Elogio que vira obrigação
Não é elogio)
Ou agradecimento
Mingua a vontade, e faço apenas
O suficiente para cumprir o mínimo
Ja que também a nivel pessoal
É bem dificil lidar com poças