Vinho e o velho mundo
Venho do pretérito, engarrafado na memória e preso na cultura dos antepassados. No frio, no calor, no sabor, no aroma e na mesa orvalhada pelas pegadas do interior habito o símbolo.
Olho-te na varanda de uma lareira, como a andorinha que no rasante brinca no gramado do tempo.
Tento apartar-me de teu sorriso, mas meu sujeito remonta ao mundo velho, tardio, obsoleto, mas constelado no interior e expresso em uma taça de vinho.