Insônia

Noites mal dormidas

Pedem algumas horas de descanso

De olhos fechados e esquecimento

No impossível paralisar de pensamentos

Noites de insônia

Trazem cama revirada

Coberta esparramada

E um travesseiro cúmplice

Do descaso das horas insones

Que mal fizeram os olhos?

Não percebe como doem?

Acostumaram-se a escuridão do quarto

Teimam em contar carneirinhos

No céu azul plastificado

Contaram para ti, sobre o frio?

Logo voltará...

Será que não poderias dar uma trégua?

Oh! Amiga indesejável

Não te quero mais por perto

Sinto muito

Não te perdoo mais

Brincas comigo

Não me deixas em paz

Ri das olheiras

Da inquietude

Tirou-me até os sonhos

Livrou-me das pequenas alegrias

Vai noite à fora...

Me deixe em paz.

Ah! E quando sair, não bata a porta

Espero já estar dormindo...