Nós
Quando nos conhecemos, eu ainda era calouro na faculdade. Trocamos algumas poucas palavras, tiramos uma foto com outros calouros e veteranos, e não nos vimos mais. Quis Deus, Thor, Iemanjá, Alá, Buda ou qualquer outra entidade maior que nos reencontrássemos um ano depois, quando juntamos as turmas para fazer um período juntos. E por ironia (ou bem-feitoria) de algum deles, que fossemos da mesma sala de estágio e formássemos uma dupla durante todo o semestre. Tu, noiva, e eu, solteiro apaixonado por outra pessoa. Porém, aos poucos fomos nos aproximando. As visitas de campo. As trocas de experiências. Os casos. Você me ouvindo falar da mulher que eu gostava. Eu ouvindo você falar do seu noivo. E a cada dia mais, nos aproximávamos. Os dias de estágio se tornavam algo gostoso de se viver. O fim de semestre chegou, e com isso, nos afastamos fisicamente. Porém, sem eu saber, mentalmente não. Mantivemos contato por mensagem, trocas de posts em redes sociais, e afins. Uns meses depois você terminava com seu noivo e aquilo mexia comigo de alguma forma, eu só não sabia o que era. Aos poucos, fui sentindo falta, sentindo saudade da sua companhia e pensava se seria possível acontecer contigo também. Meu medo não me deixava perguntar e deixei quieto. Segui a vida, mas nosso contato continuava. Um dia, depois de muito tentar, conseguimos nos reencontrar rapidinho. Eu ia sair com amigos e você ia pra aula. Pra minha surpresa, você apareceu no bar. E que surpresa boa! Ficamos abraçados todo o tempo. Você acariciando minha mão, e conversando. Trocas de olhares, e sorrisos. E que sorriso lindo tu tem, guria! Nos despedimos e tu me deu um dos abraços mais gostosos que já recebi. Depois daquele dia me envolvi com uma amiga nossa. Nesse tempo, você sumiu e paramos de nos falar por uns dias. Até que, pra minha surpresa, chega uma mensagem sua: se declarava pra mim! E novamente, a fagulha que já havia existido se acendia. Retomamos contato e as conversas viravam flerte. O semestre acabou, e novamente nos afastamos fisicamente, mas mentalmente, tudo estava ainda mais forte. Tentamos sair umas três vezes e não conseguimos. Até que após o Natal, conseguimos marcar. Estaria com minha melhor amiga, o namorado dela, você e um bom rock ao fundo. Não teria cenário melhor pra começar uma coisa nova ali. E foi tudo perfeito! Abraçados, depois de um tempo no Pub, te beijei na testa e olhou pra mim. O sorriso só com os lábios e a cerradinha nos olhos foi suficiente pra me dar coragem de te beijar. E ali, no nosso primeiro beijo, por alguns segundos, o mundo parou. Eu estava no melhor lugar do mundo, e não sorrir se tornava algo impossível. A melhor noite do ano estava desenhada, e tu não só fazia parte dela, como era o principal motivo dela ser a melhor das noites vividas. Dali em diante, meu coração te chamava a todo o tempo. Passamos um mês juntos, e cada encontro era único. A cada dia que passava, o que sentíamos tomava maiores proporções e não sei medir o quão gostoso era isso. Por motivos maiores, precisamos pausar tudo isso. Ainda assim, nossa linha cronológica é perfeita. De completos desconhecidos a completos apaixonados. Jamie McGuire e Nicholas Sparks sentem inveja de tudo que vivemos e ainda vamos viver. Ser apaixonado por ti me faz um bem que tu não mede, e saber o que também sente por mim é ainda melhor. Seu contornos, seus trejeitos, seus casos, seu cheirinho, sua jogada de cabelo, sua cerradinha nos olhos quando vai sorrir, sua jogada de cabeça pra trás quando vai gargalhar, seu abraço, seu olhar pra mim, seu beijo, seu sorriso... listar coisas que me fazem ser apaixonado por ti é quase impossível por tanta coisa a ser dita. Obrigado por ser essa mulher linda e incrível. Obrigado por me permitir entrar na sua vida, por dar novos contornos e trazer novas cores pra minha vida. E obrigado, principalmente, por ser a dona dos meus olhos. Obrigado por ser a minha Strimani, minha Rajkumari, minha Kamana, e o melhor deles: obrigado por ser a minha guria!
Com amor,
Teu guri