SUA MAO ACENA-ME
SUA MÃO ACENA-ME
Sua mão acena-me, num gesto de despedida, mas o nosso amor continua edificante; pois me ausento apenas para exercer a lida diária; e, após algum tempo, volto para amar-te, querida.
Não se esqueça que, levo de sua mão, o cheiro sedutor de sua pele macia; que me enche a alma de tanta emoção, por amar-te sempre com muita alegria.
No entanto, se acena-me também em sonhos amorosos, é porque sabe que me dedico a tarefas humanitárias; nas quais o amor mútuo se destaca em atos virtuosos, da alma que se desdobra, para exercer pautas espíritas solidárias.
Não sinto-te, então, quando acena-me, ausente de mim, porque a sensação é a de que somos íntimos desde outras vidas; e é por isso que, quando acena-me, levo de sua mão, seu cheiro de jasmim, que tanto perfuma minha alma, como une-me a ti, em laços que se preservam, quais duas almas afins renascidas.
Escritor Adilson Fontoura