Vago - Destrato

Vago Destrato...

Ele tratou-a com um vago sinal de timidez...

Tornou-se avidez do seu trato...

Com o seu retrato no celular, a angular, a sua saudade, sem vontade...

Variedade de um breviário infantil doce, a virar a popa do destino que nutre, noites de caridade e claridade existencial...

O espiritual um sonolento alento, para seu visceral lamento...

Tudo é vago, raro, escasso, raso... ele dá um trago, gagueja, estremece, ele não a merece, e tão pouco se merece...

Ele fez uma prece, mas ela insiste a esquecer o seu querer...

No quarto escuro, o universo da sua lembrança, remete a pele morena, ao sorriso de menina, expondo o destrato que a sua ausência causa...

O mobiliário contém a testemunha da poeira, que traz um lamento, virando o esquecimento...

O seu momento já se foi...

O beijo se perdeu, na lágrima que escorreu...

O dia fez um arquétipo libidinal com a noite, enquanto o sol lembra a uma vaga esperança, e a lua é pua de desesperança...

O trato – destrato de sua ausência, está consumado....

zaccaz
Enviado por zaccaz em 17/06/2019
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