Um Gemido

 
Foi tudo o que restou, um gemido baixo, só quem escuta é o Senhor,
O final do já sabido, que sem sentido, adentrou,
Como uma onda no mar bravio,  o estampido da dor, ecoou,
Silenciou o que nunca deveria ter som,
O que nunca deveria ter cor, 
As palavras não são necessárias, quando o silêncio clama,
Quando se pisa na lama, nada tem sentido,
Aflito ficava o coração, ele só queria andar em terra plana, 
Longe das tantas armadilhas "risonhas",
Longe do temporal que nada tem a ver com o amor,
Tudo é confudido quando se leva o maior sentimento como brinquedo,
O enredo perde o sentido,  num mundo insano, com tantos danos,
Ela foi se agarrando nas paredes arredias, sentindo falsas alegrias,
Adentrando no que ela "não queria", nem devia, 
E a luta foi ferrenha,  com senhas inflamadas nas lenhas em labaredas que viraram pó, cinza,
Ainda que sem força ela sentisse, com dores tremendas, sem que ninguém a visse,  foi forte, não permitiu seu ego robustecer,
Preferiu seguir o Caminho que sempre andara,  cheio de espinhos e lutas,  e dores, clamores,  mas sentia DEUS,
Mesmo em seu silêncio, por não conseguir falar, andar, 
Só um gemido ao Céu,  no azul infinito,
Que soou como um grito, para fazer renascer das cinzas,
A força do Seu DEUS, que nunca a abandonou,
Assim, ela segue Sua estrada, com lágrimas, sorrisos,
Com a direção Maior, mesmo se sentindo tão desorientada,
Mas, quem é só fortaleza? É preciso a prova para que se renove
A certeza que, não importa o sofrimento, 
Importa mesmo a decisão, a vontade, a coragem de passar por cima do que se quer, (mas não deve),  assim caminha essa Mulher,
Gemendo somente a DEUS.




 
Teônia Soares
Enviado por Teônia Soares em 12/06/2019
Reeditado em 16/06/2019
Código do texto: T6671232
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