LIRISMO
Não quero mais os mistérios, os enigmas, as coincidências.
A conspiração do cosmos, a fé que remove montanhas, as coisas que estão perto do coração.
No coração só existe sangue, verdade, realidade, ciência.
Não quero o superficialismo das palavras vãs, das promessas não cumpridas.
Quero antes o silêncio da alma, o grito contido.
Como Bandeira, "quero antes o lirismo dos loucos, o lirismo dos bêbados, o lirismo difícil e punjente dos bêbados, o lirismo dos clowns de Shakespeare. Não quero mais saber do lirismo que não é libertação".