LIRISMO

Não quero mais os mistérios, os enigmas, as coincidências.

A conspiração do cosmos, a fé que remove montanhas, as coisas que estão perto do coração.

No coração só existe sangue, verdade, realidade, ciência.

Não quero o superficialismo das palavras vãs, das promessas não cumpridas.

Quero antes o silêncio da alma, o grito contido.

Como Bandeira, "quero antes o lirismo dos loucos, o lirismo dos bêbados, o lirismo difícil e punjente dos bêbados, o lirismo dos clowns de Shakespeare. Não quero mais saber do lirismo que não é libertação".

Cidinha
Enviado por Cidinha em 24/09/2007
Reeditado em 25/09/2007
Código do texto: T667107