Bateu Saudade e Doeu!
A poesia me fez lembrar e me deixou saudosa. Do meu avô me lembrei, e que lembrança gostosa. Não sei explicar nem com todo verso e prosa... Mas era lindo de ver meu avô sentado na varanda, da pequena casa de pau a pique, em Cajueiro - Al. Nos esperando, dava para ver sua alegria com a nossa chegada.
Ele vinha em nossa direção, com abraços e com olhos cheios de saudade e amor. Já me contava baixinho no ouvido onde tinha guardado todo confeito. E com uma piscadela fazia sinal de segredo. A vovó já tinha preparado a comida ou o café, mamãe a abraçava e percebia-se que nenhuma das duas queriam sair dali.
Fazer panela de barro...
Correr atrás das galinhas...
Ver meu vozinho trabalhar na roça...
Subir em árvores...
Balançar com minha prima na rede...
Tomar banho de rio...
E todas as noites ouvir as histórias que o vovô contava sob o céu estrelado de beleza sem igual, seu Zé Ferreira faz falta, dona Irene também. Impossível lembra sem a emoção apertar o peito, minha mãe me ajuda a refrescar a memória, rimos juntas, conversamos por horas. Com olhos marejados tentamos matar a saudade da forma que podemos. Com a sensação de que esse mundo sem meus avós não pode ser chamado de casa!
(Ontem foi um dia que a saudade pegou forte. E meu coração exigiu esse texto)