Lembranças de quando eu era criança...
A minha infância foi sofrida, cheia de turbulências... Mas havia em mim a esperança e eu falava com Deus todos os dias. A minha mãe tinha problemas mentais e por isso não cuidava direito de mim, nem dos meus irmãos e irmãs. A gente vivia ao Deus dará, os mais velhos cuidando dos mais novos. E nessa situação vivi a minha infância. Não tínhamos nada, nem comida, porém, nós estudávamos e foi isso e as orações que nos salvaram. Eu acho lindo quando vem na minha mente a lembrança dos momentos em que eu falava com Deus, pois gosto de relembrar esse ato puramente inocente. Hoje somos ao todo nove irmãos, 04 homens e 05 mulheres, mas éramos dez, só que a mais velha faleceu de parto aos 28 anos de idade, era muito jovem, uma criança chamada Maria. Dela eu sempre me lembro, pois ficou em mim um vazio que é preenchido pelas lembranças. Também lembro-me das flores e do rio, mas isso só existia em anos de bom inverno, porque a seca sempre vinha nos assolar, secando tudo... Aí não tinha rio, nem flores e o mundo ficava cinza. Muito triste de se ver e de se lembrar... Há décadas vencemos todas essas dificuldades e hoje sempre oro agradecendo a Deus pelas vitórias que todos nós alcançamos.
***
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Poetisa da Caatinga
Natal, 07.06.2019
A minha infância foi sofrida, cheia de turbulências... Mas havia em mim a esperança e eu falava com Deus todos os dias. A minha mãe tinha problemas mentais e por isso não cuidava direito de mim, nem dos meus irmãos e irmãs. A gente vivia ao Deus dará, os mais velhos cuidando dos mais novos. E nessa situação vivi a minha infância. Não tínhamos nada, nem comida, porém, nós estudávamos e foi isso e as orações que nos salvaram. Eu acho lindo quando vem na minha mente a lembrança dos momentos em que eu falava com Deus, pois gosto de relembrar esse ato puramente inocente. Hoje somos ao todo nove irmãos, 04 homens e 05 mulheres, mas éramos dez, só que a mais velha faleceu de parto aos 28 anos de idade, era muito jovem, uma criança chamada Maria. Dela eu sempre me lembro, pois ficou em mim um vazio que é preenchido pelas lembranças. Também lembro-me das flores e do rio, mas isso só existia em anos de bom inverno, porque a seca sempre vinha nos assolar, secando tudo... Aí não tinha rio, nem flores e o mundo ficava cinza. Muito triste de se ver e de se lembrar... Há décadas vencemos todas essas dificuldades e hoje sempre oro agradecendo a Deus pelas vitórias que todos nós alcançamos.
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Maria de Fátima Alves de Carvalho
Poetisa da Caatinga
Natal, 07.06.2019