IMAGINAÇÃO: FONTE E ORIGEM... DE TUDO (até de nós mesmos)
Sensitivas figuras... entre imagens e ruídos a que aqui se formam
Ah! D'onde, pois vieram que não do pensamento da Vida?
A que não sei se d'outro tempo a qu'então desconheço
Ou d'aqui mesmo que, quem sabe, s'escondem de minha mente
Ó semente fecunda... ativa... e dinâmica
Gênese do universo
Princípio de toda a criação
A habitar no âmago do tempo... da vida
A que já existia... antes do próprio tempo
E que no tempo permanece... (enquanto ele, pois houver)
A criar... tudo... tudo... tudo...
Da qual sem ela... nada seria... nada existiria
E, portanto de tudo e por ela... a vir a ser...
Oriunda de sua imaginação... vivaz... fértil... intensa...
Oh! Quanta magia!
Do que, pois s'existe... agora... na galeria do tempo... e da vida:
As formas... vistas... táteis... concretas... esculpidas...
Os sons... ouvidos... no ritmo... na melodia ou não de sua cadência
As cores... aquarela qu'inebria as mil formas... no afresco do mundo
Ai! mas qu'espetáculo, meu Deus!
E se, pois se há pelo que os sentidos os sabem e percebem
É porque abortados não foram do útero do tempo
Oh! Quanta sabedoria a habitar no coração de tudo!
Impossível não se fascinar pelo que nos rodeia e envolve
(a não ser que s'esteja a alma... morta!)
E destarte, tudo o mais... quadros... composições... esculturas
Pelo que nossas mãos tocam... e os ouvidos e olhos se deliciam
(ou negam... e, às vezes, em tal grau... reprovam e rejeitam!)
Entre comunhões e oposições da totalidade do qu'existe deveras
A encherem os espaços e silêncios dos sentidos
A que vieram da viva imaginação humana
E nós, humanos, a que viemos, quem sabe, da viva imaginação de Deus
Ou seria Deus a nascer da engenhosa imaginação humana?
(ao que assim crê o ateu, todavia ele, mas não... eu!
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06 de junho de 2019