É noite...
A lua irradia sua luz suavemente.
O sono não vem....
Perdidamente apaixonada olho a lua com desdém.
Só, grito, um grito sufocante ardente,
Buscando na amplidão sonora e fria,
A minha voz a lhe pedir perdão.
Tudo em vão.
A voz que clamo é a voz do coração.
Que já não te perdoa mais,
Que feito pedra de diamante cristalina e fria
Ou punhal de prata lindo e agressivo,
Sangra-me o peito entorpecido
De tanta dor, por te perder.
Sem que eu te possa perdoar.
Sofro... sofro pelo mal que me fizestes,
Buscando em outros lábios os beijos que me destes.
Quero-te, porém não posso mais viver,
Novamente os dias de ilusão,
Que passei a te esperar em vão.
Só como agora..
Melhor mesmo é deixar-me, ir-te embora.
Sem o falso perdão que me imploras!