MEU JORNAL
MEU JORNAL (Prosa Poética)
Às vezes desperto antes do meu amor,
levanto-me e vou preparar nosso desjejum, enquanto a minha amada descansa um pouco mais na nossa suíte que fica na parte superior da casa; antes que desça para saborear o seu indispensável chá diário.
- Sim, chá. Eu simplesmente tomo um cafezinho aqui no nosso terraço todas as manhãs.
Ao término, ela passa a dar ordens as secretárias que colaboram conosco há muitos anos. Portanto, são como se fizessem parte da família.
É nesse momento que me afasto e vou ler o matutino lá no escritório que fica defronte ao jardim e, enquanto ouço o cantar dos rouxinóis, dos sabiás laranjeiras, bem-te-vis e canários, passo a observar o esplendoroso balé dos beija-flores e das borboletas. Ah, é praticamente impossível não apreciar também a algazarra que os piriquitos e as maritacas fazem sobre as palmeiras,
de longe o gato Tirolês fica olhando de soslaio...
Roberto Jun