Sem título
Minha poesia é atravessada pela solidão..., mas ela me estende...me entende e me liberta. Alcanço a plenitude ao reverberar meu desejo e minhas divagações, que tantas vezes não passam de uma experiência demasiadamente solitária.
Escrevo para existir, para jogar luz à esse acontecimento que é a existência.
Afago com letras, pois sinto.
Sinto muito, sinto tanto... chega a doer. E sinto, porque amo... e amar é ato nobre, de coragem... amar é revolucionário, transformador. Sou amorosa, amada e amante, vivo o amor, sinto e sigo amando.
Sou livre ao escrever, dizer o que penso...o que sinto. Sou livre quando me inspiro... em ti. Vivo a dualidade de inspirar e ser inspirada.
Não sou intocável, menos ainda intocada, sou musa nua que te convida a dançar na rua, na cama ou no meio da sala de jantar.
Ouça a minha pele...que arde, que treme... num pulsar de quem vive.
Meus olhos te convidam a entrar, em mim.
Rebeldes...meus cabelos se desalinham... como eu.
O seu toque profundo...que vem de longe, sem sequer me tocar.
E eu , insana, me entrego.Como num sonho, de um breve presente, já sou tua...e sou minha também.
Sou a sua musa, a que se despe em palavras.