Fugaz
Fugaz
E eis que o mar se choca ao rio,
onde ambos queriam passar.
Um é altivo e o outro submisso,
mas a cada esbarrão trocado,
cedem um espaço para amar.
Nós dois somos a metáfora viva,
daquele acasalamento agridoce,
muito mais amargo do que doce!
Borbulhamos no esperado equinócio
tal qual sanga e oceano que sabem
que não podem lado a lado ficar.
Trocamos, beijos, abraços e cheiros,
depois voltamos para a calmaria,
esperando uma pororoca de beijos,
para nos arrolar sob o sol e o luar.
Tentador e fugaz.
Uma gota de meu 3º livro no prelo.
tributo a Florbela Espanca.
FLORBELA, NÃO EU
#RaildaMasson