Hei!
Hei! Pode me chamar de louco. Sou tão louco que nem vou esquentar. Não precisa fugir, eu não vou te atacar. A minha loucura, dessa que ninguém quer aceitar, é pensar que não é normal ver tanto mal espalhado no ar. louco? Sim. E feliz por não me enquadrar nessa normalidade de horários e compromissos. Louco? Feliz assim eu sou porque meu caminho eu mesmo faço. Se canso; paro. E retomo quando quero. Meu dia vai até aonde eu quiser! Já disse: sou eu mesmo que traço meu passo, meu caminho, meu seguir. Não preciso de conselhos, nem de guias. Ando, assim, leve e solto, como um pássaro. Louco? Ó, claro que sim. É da minha loucura que nasce minhas certezas. Pensamentos prontos, frases, belamente construídas, sinceramente, acho um porre! Me quero errando comigo mesmo. Não terceirizo, nem delego a ninguém, minhas decisões. Também, não vou negar, entendo que a sociedade é essa colcha de retalhos. Sei que cada traço tem um troço próprio e consequente, porém, desculpe, não acha nada precioso se deixar levar. Prefiro o risco ao rito ao mito. Sou assim, um alguém que não ignora ninguém, que não sabe nada, mas desconfia de muita coisa. E assim, vou indo. Um dia, o canto. Noutro, o pranto. E noutro, mais à frente, os dois juntos: o canto e o pranto, e dança! Que a vida seja um salão de baile. Que a todo instante entram e saem. Todos são convidados. Todos, são bem vindos.