Sol em Amor
O sol me carrega para poética aquece minha alma nas vestes outonais. O sol sabe quem sou, ele já bem me estudou...
O sol bronzeia o meu corpo, transforma e reforma minha energia como o vento levantando as folhas caídas na rua. Eu já não sei quando busco o sol, ou quando ele chama e só atendo ao pedido trigueiro...
O rei é tão imprevisível e ao mesmo tempo é como uma música perfeita que já sei o ritmo, sei que vai se apoderar de mim sem parar até mover o meu eu em seu compasso de querer.
O rei entrou na minha alma com sua máscara dourada e foi aquecendo todos os meus labirintos secando todas as folhas molhadas das noites de avelãs.
O dia vai rodando as horas passando e eu envolvida com este abraço do sol, sua boca soltando beijos me fazendo sorrir com os encantos poéticos. Quase não sou poesia diurna, sou mais filha da lua com versos da boca da noite solta na madrugada cobalto.
O rei hoje sussurra palavras que não distingo de propósito, me faz arregalar os olhos e depois ele solta as suas extravagantes gargalhadas fazendo até as nuvens dissiparem.
Hoje o sol me confiscou e acolheu na prosa poética, em um improviso do tempo, no meio dia o seu reino me faz afoguear em inspirações douradas e as minhas vestes outonais ficaram em brasa no abraço tão perfeito do sol em Amor.