Aquela primeira...

Finalmente, todas as letras e poemas mais bonitos consegui entender em um simples olhar. Você tão doce e apaixonante, me faz querer te amar. Trouxe o melhor da vida, fez meus pés flutuar como se já não fizessem parte do meu corpo, como se nunca tivesse o deixado tocar aquele frio e podre chão. Tive medo de tudo, medo do que queria sentir, jurei não amar, não me entregar, mas esqueci de cumprir os muitos juramentos que no fundo só fiz para ludibriar o presente.

Se disser que me lembro de nossas conversas mentirei, mas se quiser saber de cada gestos, sons, cheiros que senti, te contarei com minuciosos detalhes … ah o sabor do desconhecido e do nunca vivido. Ao tocar pela primeira vez sua mão senti um passado que não passou, reconheci cada detalhe que nunca vi. Com a naturalidade do momento a timidez se foi, me trazendo um alívio, fui me soltando e travando aquela posse as avessas e assim vieram as risadas a alegria de apenas estar, não ter hora ou dia e sim momentos. O mundo deixou de existir, o olhar marcou e encorajou o inescapável beijo, o mais puro e sincero que só existia no nosso tempo…Assim foi, como se fosse o primeiro.