Canção para Alline

Já não sei direito quanto tempo faz, mas bem me lembro da expressão no rosto daquele rapaz

Implorando em silêncio aos céus, para que tudo fosse um sonho

E que sua amada não estivesse banhada n’um vermelho próxima a calçada

Tentando soltar palavras que em sua garganta estavam entaladas.

Sorria meu bem, pois agora nem todos os problemas do mundo

Poderão te alcançar

Sorria meu bem, pois agora nem todas as injustiças juntas

Poderão te magoar

Só não queira que eu te esqueça

Por as vezes me indagar da certeza de que o rapaz que te via e chorava

É o mesmo que agora canta coisas que eram só um amontoado de palavras

Perdoe-me por duvidar de ti, perdoe-me por não me esforçar em acreditar em mim.

Mas, mais uma vez não se ofenda

Se eu voltar a lhe pedir que prove a todos a sua existência

Para que não me considerem um perito em mentir.

E, mais uma vez não se ofenda

Se eu voltar a lhe pedir que prove a mim a sua existência

Para que eu jamais me convença de que você é apenas uma lenda.