O galho da árvore invadia a varanda, junto
com o vento, enquanto as nuvens carregadas, se aproximavam.
Ela, assustada, pousou, parecendo estar perdida,
desejava a chuva, mas, o seu coraçãozinho
batia mais forte, pois tinha medo de não conseguir chegar em casa,
o entardecer esbanjava beleza...
As suas asas tão lindas e tão frágeis, não descansavam,
seu brilho refletia ao sol, parecia seda, quando uma ventania forte e inesperada lhe arrastou, sabe-se lá, onde ela foi parar.
Enquanto àquele olhar assistia a tudo, desejou que talvez
ela tivesse um pouco de sorte e continuasse à se misturar
com a beleza daquelas flores abaixo da janela.
Alguém que silenciosamente admirava e gostava de ver os telhados molhados, ouvia o barulho da chuva, maravilhando-se com a vida.
Pois a vida é simples, ímpar, basta querer ser feliz,
basta abrir os olhos da alma e abraçar a felicidade.
Os seus pensamentos, feito borboletas, voam, e voltam.
Ás vezes tomada de surpresa, a alma tenta descrever o instante,
tenta tomar posse da sua condição nesse esplêndido universo.