IGNORÂNCIA
Naquela ignorância embriaguei, aquele litro de desatino eu paguei, esse veneno é perigoso, estupidez, ganancioso, cada dose um tropeço, essa cartilha tem endereço, mas esse cheiro forte, gosto de morte eu nunca percebia, juventude, rebeldia, aquela ambição, jeitinho orgulhoso e arrogante, menino má, rapaz errante, como não perceber, o que está escancarado pra ver, oh que mundo delirante, verdade de muitos viajantes, nesse mundo febril, quando errou o caminho ninguém viu, meu pai cobrou, nesse trilho desgovernado que viajou e agora senhor? Travar uma briga honesta, confessar os feitos que não presta, redimir com sinceridade, reconhecer que a maldade não irá se repetir, que uma nova porta vai se abrir e provar que verdadeiramente me apartei daquela ignorância que um dia embriaguei.
Giovane Silva Santos