Flores Frágeis
E enquanto caminho a brisa leve das primeiras horas da manhã adentram a alma...é quase totalmente dia...sol chega leve...chega de vagar...meus passos são largos...
Observo jardins entre as quadras...flores frágeis passam rápidas diante do meu olhar...coloridas e bem cuidadas a beira da calçada...- flores - tudo me parece acolhedor...
Observo grades nos sobrados formato de flores- me lembram casas antigas...beleza-
Observo Senhoras em quase todas as ruas-
mulheres ao alvorecer...lançam água às flores ...
lançam lixo ao devido espaço...
lançam crianças pela mão as ruas e uniformizadas vão a escola...mulheres que passam ...tranquilas passam...apenas passam
Observo...comércio acordando...e a vida seguindo...entre as visões de fachadas em ferro, grades floridas e uma pseudo tranquilidade...mórbida e dolorida...- flores nas janelas
E enquanto passo a manhã avansa e a maldade - espreita - são os nossos tempos...
de pseudo tranquilidade...
São os nossos tempos...de flores mórbidas e
frágeis...
Ainda assim caminho...um poeta não para
Não se
Cala...
Caminho...entre flores frágeis...
e uma pseudo tranquilidade...
Caminho...
Deus ao lado.
Distrito Federal, 2019