PROSA POÉTICA - Minha mãe – 07.05.2011 (PRL)
PROSA POÉTICA – Minha mãe – 07.05.2011 (PRL)
Sabe mamãe,
Estou com tanta saudade de você,
Hoje quando muitos estão felizes e contentes,
Ao lado de suas queridas genitoras, ao vivo e em cores,
Nós dois estamos tão ausentes,
No plano material, bem sei, pois o nosso amor é patente,
Por que Deus a retirou do meio de nós?
Você poderia ter vivido mais um tempinho,
Quem sabe esperar mais um pouquinho,
E juntos faríamos a última caminhada...
Escuta mãe,
Minha vida está cansada,
Vou lhe confessar meus dissabores,
Das lágrimas que vertem de meus olhos,
Do pecado da inveja que tenho de tanta gente,
Daqueles que com suas mães, seus amores,
Desfrutam neste momento do convívio,
E pra elas fazendo louvores,
Sei que estou blasfemando contra a vontade do Onipotente,
Mas depois Ele me perdoa, foi gente como a gente...
Minha estimada mãezinha,
Se apenas por um minuto eu pudesse,
Percorrer todo o firmamento com as asas que Deus me desse,
Voaria ao seu encontro só pra beijar os seus pés,
Trazendo de você o tão necessário alívio,
Pro meu coração que só consegue revés,
Sabe, querida, Nosso Senhor anda meio revoltado,
E nos tem mandado verdadeiro dilúvio,
Clamando pela atenção de quem machuca o mais necessitado,
E dele rouba descaradamente os seus direitos,
Não lhe dando à paga nem atendendo a seus pleitos...
Minha querida mãe Maria,
Pelo Pai Nosso Senhor,
Arranje um tempinho com Ele,
Mais fácil é você dar um pulinho aqui,
E por Deus me livrar de toda essa dor,
Que ensanguenta meu coração,
E me remete pra caminhos sem razão,
Ou então me leve pra perto de você,
A única mulher que sabia me entender,
E que em tudo me dava razão,
Por favor, faça-me essa caridade,
É a homenagem que lhe concedo com emoção,
Pois o de mãe é o único amor de verdade.
Minha Mãe, livre-me deste mal...
Ansilgus
Imagem: Google