Depois da Guerra II- O Caminho do Retorno 2.
Que perda de tempo, aquele considerado totalmente inútil, a vida vivida de um homem ou mulher, sem ter desperto no interior deles a condição de Filhos de Deus. De serviçais, usados, sugados pela vida e pelos outros, tenha saído desta Terra satisfeito com o trabalho, ligado com a condição essencial de si, como que no sentimento do dever cumprido, primeiramente consigo, depois com o outro e a humanidade.
Que água insossa sair deste mundo, depois de tantos ventos e trovoadas, esforço repetitivo de sobrevivência, que é elementar para estar no social, e na vida pessoal, com a sensação de não ser consciente de que é filho de Deus, que fez o que seu coração pulsou, que está tudo certo, que irá com Deus, pulsando o melhor, apaziguado com a balança da justiça.
Estar na condição de Filho de Deus, é torna-se uno com o trabalho e o reconhecimento dele, não vê canseira, passa ser dispensável medir o tempo pelos fios dos cabelos brancos que nascem na cabeça, ou na calvície que desnuda o couro cabeludo denunciando que os dias estão passando.
As intempéries vividas no corpo faz somente confirmar a lei implacável da natureza humana, na viagem cíclica do nascer, crescer, adoecer, envelhecer e morrer.
Vive-se na casa de Deus, a graça é alcançada, de ser içado pela vontade Divina da areia movediça que é a vida no ego, a roda infinda do sofrimento que tanto Sidharta Gautama ponderou, mediu, estabelecendo o caminho óctuplo, o caminho do meio como critério para a vida interior saudável.
Cristo, seiscentos anos depois, do verbo se fez carne, somente para deixar como embrião do novo a consciência geradora do ser Filho de Deus. Disse, na condição do Ser na pessoa de Jesus, que se ele venceu o mundo, nós venceríamos também. Que os tímidos não herdariam os céus, e este seria tomado somente à força.
Quando foi inquirido de como entrar no Reino dos céus, disse:
Renascer,
Terá que renascer.
Quem quer habitar nas moradas de Deus,
Terá que renascer.
E o trabalho não se faz para o futuro, para um mundo que será vivido somente depois da partida daqui, mas começa no agora.
O Universo não socorre os que dormem, ele é a própria justiça, dá a cada um o que é seu, dentro da Lei retributiva eterna da ação-reação, causa-efeito, trabalho-salário.
Nós somos os construtores e primeiros usufruidores das emoções e pensamento que geramos. Prestaremos conta disto para nós mesmos, seja no regozijo ou na dor interna sentida nas horas, e o Senhor da carruagem somente olhando, sem poder estender suas mãos para assumir a liderança da vida, tendo as nossas, que como zumbis, estamos a trabalhar na nefasta obra que mantém o fantoche medonho e ridículo do ego no comando.