O poder dá lágrima.

A rede balançava meu corpo suavemente.

Quase sem energia e na mínima força.

Uma gotinha quente desceu pelo meu rosto.

Como se estivesse frente a um espelho – vislumbrei uma lágrima.

Nela cenas de uma vida pobre e sofrida.

Cada pão de cada dia – ganho com muito esforço.

E sobre ele pagando imposto.

Uma vida resumida dentro daquele pequeno grito transparente.

Era um protesto - havia um filme rodando.

No roteiro passo a passo as paixões que se foram.

E o vermelho sangue dos momentos de raiva e ódio.

Ódio da miséria e das batalhas perdidas.

O que deu errado? Má formação como cidadão.

Ausência da arte de raciocinar e de filosofia.

Quem sabe? Na verdade o podium não é para a maioria.

A lágrima alcança o doce dos lábios...

E com ela os sonhos que não se realizaram.

Os realizados cedem lugar para a esperança.

Mesmo que a energia começa a se transformar.

Perdendo sua força e a capacidade de amar.

A lágrima vira chuva.

A rede continua- balançando o balanço do destino...

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jaeder wiler
Enviado por jaeder wiler em 22/09/2007
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