O poder dá lágrima.
A rede balançava meu corpo suavemente.
Quase sem energia e na mínima força.
Uma gotinha quente desceu pelo meu rosto.
Como se estivesse frente a um espelho – vislumbrei uma lágrima.
Nela cenas de uma vida pobre e sofrida.
Cada pão de cada dia – ganho com muito esforço.
E sobre ele pagando imposto.
Uma vida resumida dentro daquele pequeno grito transparente.
Era um protesto - havia um filme rodando.
No roteiro passo a passo as paixões que se foram.
E o vermelho sangue dos momentos de raiva e ódio.
Ódio da miséria e das batalhas perdidas.
O que deu errado? Má formação como cidadão.
Ausência da arte de raciocinar e de filosofia.
Quem sabe? Na verdade o podium não é para a maioria.
A lágrima alcança o doce dos lábios...
E com ela os sonhos que não se realizaram.
Os realizados cedem lugar para a esperança.
Mesmo que a energia começa a se transformar.
Perdendo sua força e a capacidade de amar.
A lágrima vira chuva.
A rede continua- balançando o balanço do destino...
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