REENCONTRO COM JOLIE
Nair Lúcia de Britto

 
Jolie, aos meus pés.
Quando ela apareceu para mim, já era uma gata adulta. Eu a vi pela primeira vez quando estava saindo de casa, e já estava atrasada para o que eu precisava fazer.
Ela estava em cima do muro e quando me viu saindo no portão, olhou para mim com um olhar interrogativo.
-- Posso ficar ou tenho que ir embora? Você vai me enxotar?
Olhei para ela e lhe respondi:
-- Fique tranquila, fique sossegada. Quando eu voltar vou lhe dar ração.
Como viera parar ali? Será que estava perdida? Quem seria seu dono?
Quando eu voltei, ela estava me esperando. Então eu me apressei em cumprir com a promessa de lhe dar ração.
Ela estava faminta!
-- Mais um gato? – perguntaram-me com ar de recriminação.
-- Não sei. Como negar comida para uma gatinha perdida?
E assim ela foi ficando. Nesse dia, a meus pés, lá no terraço de casa, parecia me perguntar:
-- Vai me adotar?
-- Sim, respondeu meu coração.
E foi assim que ela se tornou minha.
Nos dias que se passaram vi como ela era meiga, uma criatura doce e bem parecida com a Jolie que eu perdera.
O mesmo olhar doce, o mesmo miado baixinho... também malhada e da mesma cor. Coincidência?
Não, não era uma coincidência!
Hoje eu sei e tenho certeza, e agradeço a Deus que me devolveu a gata tão meiga que eu perdi!
Por isso dei-lhe o mesmo nome: Jolie!
Desta vez Jolie ficará para sempre perto de mim!

 
Nair Lúcia de Britto
Enviado por Nair Lúcia de Britto em 05/05/2019
Reeditado em 28/10/2020
Código do texto: T6639845
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