Depois da Guerra 22(Fim)

Somente a laranjeira sabe o que é ser para dar os frutos, assim acontece com o cajueiro, o limoeiro. Até a cobra, para picar e envenenar, sabe a que submete-se no rastejar ao solo, e sobreviver sobre o que tem para impedir de sê-la.

O passarinho no ar paga consentidamente o preço para ser no baixo e no alto, para garantir as batidas das asas no voo, e o canto definido.

Se arrancarmos uma pétala da flor que nos constitui para agradar o outro, sem antes não termos convencido de sua desnecessidade para mantermo-nos bela para nós mesmos, seria descer os degraus da perfeição, sujar o trabalho realizado, mesmo que tenha sido feito em favor maior a humanidade.

Certo poeta disse a um jornalista que a personalidade de H.B. era tão forte, que não conseguiam ouvir o que ela estava dizendo. A perdoaram pelos excessos porque a conheciam no seu melhor.

Foi perseguida por fanáticos e caluniadores, mas inocentada anos depois de sua morte. Segundo relatou, seus livros não foram escritos para a facilidade do entendimento pelas massas, , mas para facilitar aos que tem fome e sede de alguma realidade neste mundo de sombra.

Quando reagiu à acusação de ser mentirosa, redarguiu:

“você não me conhece, o meu verdadeiro Eu está preso, impedido de se realizar na plenitude.

Ante da explosão da notícia velha, que se fez nova pela Física Quântica nesta contemporeidade, no auge da ineficiência do materialismo científico, Madame Blavatsky dizia que a consciência está contida em toda a matéria. Que todo átomo encerra uma vida, é um pequeno universo, e possui uma consciência, portanto, memória.

Que tudo no Universo está vivo, que a consciência está tanto na semente como na partícula. Há de ter uma potencialidade latente para reprodução e desenvolvimento gradual para o desabrochar das milhares de forma e fase de sua evolução. Dizia que o plano futuro, o modelo tem que estar ali.

Que a essência é energia, que a matéria e a energia eram duas faces da mesma moeda.

Acreditava não ter mais o que achar na ciência.

Nela pulsava o futuro.

E neste hoje de falas, poesias e prosa. Seria absurdo buscar inovar com tratados e teorias libertadoras, que não aqueles que trouxessem fundidos ciência e espiritualidade.

Fraudulento seria o capricho de rastelar do passado recursos para o novo que fragmenta Deus e Ciência, corpo e espírito, matéria e energia, sob o pretexto que não indicaram-nos o caminho da realização, como método para nos achar em meio a tantas incertezas e nulidades do ser. Correríamos o risco de plagiarmos o trabalho feito, a terra arada, o adubo meticulosamente dosado pelos nossos antepassados, para que fôssemos neste hoje.

Toda a honra e glória sejam dadas aos colaboradores do passado remoto, e destes dos últimos cinco milênios, de Abraão, Isac e Jacó, ao Cristo ressuscitado, dos pré-históricos, sofistas, Mahatmans que sentaram na janela da Terra para informar colaboradores nos séculos, de Platão, Aristóteles, Sócrates, e todos iniciados, e estes dos últimos séculos do milênio derradeiro, a quem, neste Eu que habito, reverencio e sou grata.

The end

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 03/05/2019
Reeditado em 04/05/2019
Código do texto: T6638396
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.