IMPARÁVEL
Os meus olhos postos em você, como o instante crucial em que o mirar da presa se congela nos olhos do seu predador.
Temerosa, ouso escrever como em 1°pessoa, querendo reproduzir freneticamente o que cada fibra do meu ser grita. Quisera eu, que Picasso tivesse testemunhado o tormento em que fiquei, e em duas retas, rasgasse numa tela sobre óleo, o estado agônico em que me deixara.
Você é desses ébrios libertinos, que eu puerilmente, julguei ser indulgente.
Hoje, como nos outros dias, meus olhos pararam em você, e fiquei como um cadáver que se arrasta á sepultura, como dois amantes caindo em cama.