INSTANTES

Por vezes, caminho alheia a tudo.
Nessa hora, o relógio para, o vento estanca, a lágrima não cai.
Me recolho, num embrulho de lembranças. Com elas tento fazer um laço de esperança.
Porém, há os nós atados, e guardados no fundo d'alma.

Tem vezes, que me distancio do mundo, o olhar embaça do lado de fora. Nitidez se acentua do lado de dentro.
Tempo de autodescobrimento, mapeamento de emoções. Disso resultam pequenas monções que inundam o imo.

Há momentos de refazimento pleno. O hoje aceita o ontem e espera pelo amanhã, não existe lamento, nesses momentos. Somente aceitação.



Imagem: Lenapena (Praga)
Lenapena
Enviado por Lenapena em 30/04/2019
Reeditado em 30/04/2019
Código do texto: T6636092
Classificação de conteúdo: seguro