Ah, esse tempo insano. Veio fazer um convite para ser seu par numa dança. Não falou em estilos. Disse que preferia usar a liberdade instrospecta para seguir as notas, como se fossem as linhas de um navegador melodioso capaz de levá-lo para as esferas mais diversas, mapeando os seus sentimentos de forma expressiva e absorvendo a energia dos dois órgãos responsáveis pela racionalidade, alcançando o equilíbrio virtuoso.
Ah, esse tempo canoeiro. Que se oferece para transportar a vida desde a concepção até a despedida, que é orquestrada por uma ré indifirente, por vezes cruel, insensível e incapaz de mandar um aviso e que à espreita prepara a sua armadilha, não dando chance, na maoria das vezes, para a coitada da sorte fazer suas apostas e virar o jogo, contendo sua ação perfurocortante no campo imaginário do coração que fica, mesmo sequestrando a sua presa por qualquer outro meio.
Ah, esse tempo suscitado. Tão temido e tão entoado nas canções que perderam de vista o amor, enquanto ele passava ligeiro, acenando à espera de um estipêndio. Amarrotado feito linho nas mãos da moçada e passado a ferro a vapor, nas mãos daqueles que já trazem pintas e mapas em alto relevo e podem sentir a pele entre os dedos como se fosse uma luva natural doada pela idade que cresce gradativamente.
Ah, esse tempo traiçoeiro. Vem trazendo a maturidade vestida elegantemente para barganhar com a vitalidade, despindo a face, aplica ampolas de gravidade que criam sulcos expressivos dos momentos de dor e amor, cada vez que o músculo fez a sua atividade física e a repetiu por inúmeras vezes, no choro, no riso, na raiva.
Ah, esse tempo humilhado. Em algumas memórias criou um campo gravitacional invisível, apagando com uma borracha virtual a história da vida.
Ah, esse tempo certo. Visto a cada volta do ponteiro do relógio, que escoa pela ampulheta, é nosso aliado até que se perca.
Ah, esse tempo fugaz. Sequestra a vida e deixa a dor para trás. E tomado pelo remorso ou arrependimento, vem logo depois levá-la para o hospital da esperança, onde o médico é ele próprio, que no prontuário escreve que a tristeza foi tratada com dosagens leves de lembranças restando apenas a saudade.
Ah, esse tempo canoeiro. Que se oferece para transportar a vida desde a concepção até a despedida, que é orquestrada por uma ré indifirente, por vezes cruel, insensível e incapaz de mandar um aviso e que à espreita prepara a sua armadilha, não dando chance, na maoria das vezes, para a coitada da sorte fazer suas apostas e virar o jogo, contendo sua ação perfurocortante no campo imaginário do coração que fica, mesmo sequestrando a sua presa por qualquer outro meio.
Ah, esse tempo suscitado. Tão temido e tão entoado nas canções que perderam de vista o amor, enquanto ele passava ligeiro, acenando à espera de um estipêndio. Amarrotado feito linho nas mãos da moçada e passado a ferro a vapor, nas mãos daqueles que já trazem pintas e mapas em alto relevo e podem sentir a pele entre os dedos como se fosse uma luva natural doada pela idade que cresce gradativamente.
Ah, esse tempo traiçoeiro. Vem trazendo a maturidade vestida elegantemente para barganhar com a vitalidade, despindo a face, aplica ampolas de gravidade que criam sulcos expressivos dos momentos de dor e amor, cada vez que o músculo fez a sua atividade física e a repetiu por inúmeras vezes, no choro, no riso, na raiva.
Ah, esse tempo humilhado. Em algumas memórias criou um campo gravitacional invisível, apagando com uma borracha virtual a história da vida.
Ah, esse tempo certo. Visto a cada volta do ponteiro do relógio, que escoa pela ampulheta, é nosso aliado até que se perca.
Ah, esse tempo fugaz. Sequestra a vida e deixa a dor para trás. E tomado pelo remorso ou arrependimento, vem logo depois levá-la para o hospital da esperança, onde o médico é ele próprio, que no prontuário escreve que a tristeza foi tratada com dosagens leves de lembranças restando apenas a saudade.