“NATUREZA INTELIGENTE”.
Encantado estava eu a observar... O que parecia um tapete movediço, de repente o tapete ganha altura, eram milhares de aves a voar... Um vôo rasante coletivo, encobrindo toda planície ribeirinha, soltando cantos diferentes.
Pareciam terem combinado a altura e a velocidade do vôo.
Lá embaixo agora havia predadores, entendi então a necessidade daquele vôo coletivo.
Mas aquele tapete voador não se distanciava daquela planície, voava em circulo, como se esperassem o momento de os predadores afastarem-se dali.
O céu era bonito cor de anil, as nuvens eram brancas cor de algodão... Enquanto a planície era um tapete verde visto de longe e de um plano mais elevado.
Aquelas aves não cansavam, e continuava o seu espetáculo voador; enquanto lá embaixo, os predadores demonstravam toda paciência que a mãe natureza lhes deu.
Agora eu dividia o prazer de observá-los... E a preocupação de quanto tempo duraria a resistência daquelas aves no ar, pois em algum momento elas teriam que descerem ao solo... Afinal, teriam que descansar.
A tarde ia caindo, o sol se aproximava das montanhas, e os predadores ali, não a observar o espetáculo, mas a esperar o seu jantar que por algum tempo, ainda flutuava no céu.
Mas este momento não acontece... Pois a luz do sol já começa enfraquecer, e algumas daquelas aves desprendem-se do grupo e lançam-se no espaço para bem longe dali; sendo agora seguidas por todas as outras, e somem no horizonte a procura de um aposento seguro para pernoitarem em segurança, e de preferência longe de olhares gulosos, dos seus inimigos predadores.
Feliz com o desfecho dos acontecimentos, eu também abandono o meu posto de observação, e aplaudindo a sabedoria da mãe natureza, que com certeza mais tarde arrumaria um outro jeito, de alimentar os outros filhos predadores, que também precisariam alimentar-se para seguirem o curso da vida.