Despertei delicadamente com um som provocativo à janela. Ao levantar, constatei que a natureza enviava presentes como forma de ver no dia uma centelha de esperança cultivada.
Vai se machucar passarinho, com seu tão frágil biquinho, não pode tocar sozinho essa canção de janela. Voe mais alto pra buscar os seus. Enquanto isso, vou lhe preparar umas sementes de amor socado, divididas em potes com tampas de confiança, bem coloridas para que pousem e repousem, ensaiando uma melodia de amor, porquanto preparo o café, cedendo gratuita e informalmente, o aroma para os vizinhos que assistem este espetáculo.
Vai lá na natureza e busca o beija-flor, para trazer a água que ressuscitará essas plantinhas tão sensíveis, que o período de estiagem estancou. Diga que não ligo que o faça em conta-gotas, desde que se habitue a vir diariamente, pra enfeitar de ternura os corações mais aveludados, devido a dor da desesperança e ao congestionamento dos sonhos.
Traz também a borboleta pra sentir a delicadeza do cacau em pó sendo dissolvido numa xícara de asa quebrada, mas cujas cores ainda dão tom para o arco-íris, tão difícil de ver nestes tempos em que o ar é um convite indiscreto, encapsulado e condicionado ao controle elétrico feito à mão.
Vai lá passarinho, ser porta voz da gratidão pela natureza, dotada dessa magia capaz de entorpecer um corpo e fantasiar uma menina, produzindo efeitos não naturais, por meio de seres inominados no mundo das ideias, mas articulados num coração em ebulição.
Ah, passarinho! Vai e volta nesse zigue-zague feito no ar, sem deixar marcas por causa da leveza de suas asas empenadas (depenadas) pela crueldade humana que o aprisionou numa gaiola e lhe ofereceu alimento e cuidado, conquistando-o, para logo depois deixá-lo à míngua. Sua fuga lhe custou as asas, mas lhe devolveu a liberdade.
Vai, passarinho! Vai! Fico daqui te olhando... Enamorando...
Imagens ilustrativas retiradas da rede reservados os direitos ao autor mesmo não especificado
Vai se machucar passarinho, com seu tão frágil biquinho, não pode tocar sozinho essa canção de janela. Voe mais alto pra buscar os seus. Enquanto isso, vou lhe preparar umas sementes de amor socado, divididas em potes com tampas de confiança, bem coloridas para que pousem e repousem, ensaiando uma melodia de amor, porquanto preparo o café, cedendo gratuita e informalmente, o aroma para os vizinhos que assistem este espetáculo.
Vai lá na natureza e busca o beija-flor, para trazer a água que ressuscitará essas plantinhas tão sensíveis, que o período de estiagem estancou. Diga que não ligo que o faça em conta-gotas, desde que se habitue a vir diariamente, pra enfeitar de ternura os corações mais aveludados, devido a dor da desesperança e ao congestionamento dos sonhos.
Traz também a borboleta pra sentir a delicadeza do cacau em pó sendo dissolvido numa xícara de asa quebrada, mas cujas cores ainda dão tom para o arco-íris, tão difícil de ver nestes tempos em que o ar é um convite indiscreto, encapsulado e condicionado ao controle elétrico feito à mão.
Vai lá passarinho, ser porta voz da gratidão pela natureza, dotada dessa magia capaz de entorpecer um corpo e fantasiar uma menina, produzindo efeitos não naturais, por meio de seres inominados no mundo das ideias, mas articulados num coração em ebulição.
Ah, passarinho! Vai e volta nesse zigue-zague feito no ar, sem deixar marcas por causa da leveza de suas asas empenadas (depenadas) pela crueldade humana que o aprisionou numa gaiola e lhe ofereceu alimento e cuidado, conquistando-o, para logo depois deixá-lo à míngua. Sua fuga lhe custou as asas, mas lhe devolveu a liberdade.
Vai, passarinho! Vai! Fico daqui te olhando... Enamorando...
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