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Não tenho coragem para cantar,
para pedir isso que quero:
um amor e uma história bonita para contar.
A história, até então, não foi a da Mesopotâmia nem a das guerras mundiais.
Todos os campos de batalhas travadas travaram-se aqui nesta vizinhança.
Foi a história do desterro e do desencontro,
a dos perdedores,
a que ninguém nem sequer ouviu.
O mundo segue como deve seguir.
Segundo a segundo, tictacea uma balada besta de solidão;
enquanto isso, boia por cima da água o escrito:
Qual o sentido da vida? Da sua?
Não sem assombro, dá-se o salto mortal.
No assobio fino e agudo do vento contra o ouvido, na queda,
ouço um anjo murmurar qualquer coisa em meu ouvido.
Não entendo e, depois disso,
adormeço.