Dirigia, sem rumo, seu caminhão
Dirigia, sem rumo, seu caminhão
Guiado pelas estrelas do céu
Envolto em sua solidão
De cor cinza, sem mel
Passado sombrio
Sentia-se conturbado
Não queria ser um homem frio
Dirigir o deixava aliviado
Onde estava?
Ao longe, crianças ainda brincavam
Para evoluir, precisava retroceder
Resolvera tomar uma atitude
Em seu coração, havia virtude
Seguiria até o amanhecer
A música, no rádio, tocava
No rosto, lágrimas rolavam
Lembrava-se de sua infância
Perdera, cedo, toda a pureza
Em seu vocabulário, não existia fraqueza
Encararia qualquer distância
Fazia uma viagem de volta para casa
O verdadeiro abrigo de sua alma