Pilares
Ao adentrar aquele palácio petrifiquei...
Não pela sua magnificência ou luxo...
O que impressiona não é sua beleza,
Sua arte, o bom gosto.
Um vislumbre do que o homem é capaz de criar...
Toda sua arquitetura e genialidade,
Agora jaziam em ruínas.
Os pilares nos cantos murmuravam...
A dança, as alegrias e as festas.
Os amores e as promessas.
Ficaram ali majestosos...
Testemunhos Mudos...
Apenas para ouvidos tortos.
Aquilo que é fugaz passou.
Como sempre passa....
Ficou e fica...
A solidez....
Aquilo que...
Embevece a alma...
Embeleza a vida...
Consistência.....fundamento...
Ficaram os pilares, a falar de outros pilares...
A dar testemunho da felicidade, do amor de outrora...
Ao adentrar aquele palácio petrifiquei....
Pilares, alicerce externo...
Como o corpo é o alicerce da alma...
E a alma se reflete no corpo...
Pilares um do outro...
Forças intrínsecas...
que se completam e plenificam...
(Valéria Trindade)