Depois da Guerra 14

Não veria eu depois do estado do não-eu instaurado em mim, deixei de velar como minha a roupa, corpo que visto para ser aqui.

Este estado de consciência me alavancou para fora, não deixando de me assentar dentro, lugar que não me acho como sendo a pessoa que lidei até pouco tempo atrás.

Vasculho a casa, até onde da para conferir; não tem um lugar sequer que eu não sinta Deus, todavia, a trama para continuar sendo executada por mim, a vida que se revela minuto a minuto, pede reconstrução.

Se o caráter e a personalidade são respectivamente o miolo e a margem do que sou na casca externa,, tratar com m'Alma tendo eles como os intermediadores, levou-me à lousa em branco, pede que a vida que recebi, seja reescrita.

Como sofri, padeci com o jugo de ter eu para eu mesma! aquele estado justinho da personalidade , reagindo a todos os estímulos, internos e externos, para a separatividade, O céu glorioso reservado a alcançar, o fogo do inferno com cheiro de enxofre a ser evitado, a prontidão dos sentidos para tapar qualquer ousadia para sair daquilo. Sob pena de ter que fugir para a angústia...toda sorte de angústia para manter a personalidade vivendo na fragmentação, o isolamento certo e definido, produto perfeito para não dar certo, pronto para explodir.

Mas láááá, no fundo! Aquilo que dizem ser o caráter, sempre exclamava, exprimia lamento de pedido de atitude. Saia! Saia disto! Olhe, veja mais profundamente! a completude é algo mais!

E as cascas do que Sou foram sendo testadas, chacoalhadas pelo mistério, desejo que nunca arredou o pé de dentro, pedindo a expansão , abertura da consciência, para aquela que tudo inclui, e não é.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 16/04/2019
Reeditado em 16/04/2019
Código do texto: T6625064
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