40 +12: Em plena adolescência, ressignificando a vida
Quarenta mais doze: Em plena adolescência, redescobrindo o mundo, ressignificando a vida!
Compreendo que rosa é flor, mas também é cor que se perde em lilás ao receber o azul.
Observo, com espanto, que quem ama a palavra e dela se serve, pode, simplesmente, não ter palavra.
Enxergo que o mundo não é de todo bom, mas sempre será fascinante para os que têm a ousadia de praticar o amor.
É duro, tão menina ainda, saber que Dona Esperança está internada com depressão, mas os mais velhos dizem que ela vai sair dessa, como sempre...
Entendo que é preciso ser tolerante com os outros, mas, ao mesmo tempo, é imprescindível desviar dos golpes de punhal, pois meu peito não é feito de aço e o último golpe recebido deixou uma fenda em meu coração que ainda sangra. E o coração que sangra pulsa, sentindo junto com a sua insignificante dor as dores do mundo, que a sua anestesiam.
Na despedida da minha meninice, ainda anseio por presentes e flores e beijos enamorados em noite de luar. Ainda quero que meu amor me coloque pra dormir.
Continuo acreditando que “Amizade é matéria de salvação” e que “os meus” nunca largarão a minha mão.
Sinto-me grata pelos filhos de sangue e de alma que a vida me deu, a quem devo alguns dos momentos mais plenos de minha existência.
Escuto nas águas do rio a minha Fé... Olho encantada subir o vapor que, no redemoinho do tempo, torna-se espiral eterna nas mãos do Criador. Confio...