Depois da Guerra 13

Vai importar saber se Sou a gota ou o oceano?

Administrei até certa altura o que absorvia de conhecimento, depois, não participaria mais de como os cômodos foram acesos em mim, não sabendo o que foi apropriado, ou o que já existia.

Sempre foi o desejo! este que rebuli, pede a revolução interna, a mudança dos paradigmas que quer estacionar o ego num estado ilusório de estabilidade, levando à efervescência a inteligência, deixando-a irrequieta, que quer o mais que ainda não experimentou como sendo Deus. Esta que acusa que o conhecido não passa de materialismo espiritual, que a verdade está oculta, irrevelada, guardada no coração, pronta para ser exalada, como perfume irradiada da flor logo depois de desabrochada, onde as palavras, livros, ciência não alcançam.

O caminho é árduo, o da reconstrução, existe a vontade para o velho ser, e ao mesmo tempo, o novo tem que ser recriado. Um paradoxo entre o que era, e aquilo que deve ser remodelado como personalidade, para ela conviver na honestidade com a alma, e atender o que a centelha, Espírito Divino quer. “ O Deus que habita em mim, e em Ti”

O amor incondicional, aquele que uni o corpo, a mente e a alma, em Deus , a graça de ter ele sobejando gratuitamente no coração, pede seja harmonizado com os pensamentos e as emoções, casa de Deus.

Realizá-lo, é ser honesto consigo próprio, no alerta consciente na preservação do amor incondicional no seu trabalho perfeito, na arte e no avesso.

Amor, o puro, livre de condicionamentos, não é algo fácil de ser experimentado, exige discernimento, força, poder para arregimentá-lo nos caminhos da justiça, da ética, dos valores morais inerentes ao convívio, com Deus e com o próximo. Ser fiel a própria consciência, comer da própria comida, e gostar. Saber que se for para alimentar-se de comida externa, será por pura e única responsabilidade pessoal, assumindo os riscos das consequências da ingestão do pior alheio em si.

Como bordado ponto cruz, aquele feito por artesão qualificado, o avesso equipara ao trabalho estampado na arte, sem emendas e nós expostos, o perfeito apresenta dentro e fora.

Realizar-se no Ser em aperfeiçoamento, pede desapego ao interesse de apropriar como seu o produto do Trabalho, andar como instrumento do serviço no caminho espiritual, o da alma quando vem para este mundo, é desapegar dos resultados, viver em função do objetivo, que é o Trabalho em prol da Grande Obra.

A recompensa é ouvir e ver os sorrisos da Almas, que junto consigo, deixam lentamente o gosto pela fragmentação. Unem ao Amor caloroso em Deus, ao próximo, e à vida.

Deixando de lado o ego que tanto serviu para impor condições para não ser nos princípios da natureza da Alma , que é a condição inarredável de que é eterna, exposta a mudança.

Que não somos deste mundo, estamos aqui na transitoriedade, aprendendo, ensinando, aprendendo e ensinando.

Que somos viajantes, não cabendo a nós saber, entender este trama em todas as suas dimensões, tão somente buscar ser cada vez mais apurado para o servir, amar, realizar em Deus o perfeito.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 14/04/2019
Código do texto: T6623221
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