…De ver Poesia
A minha mãe morreu em Abril...
Nunca a primavera foi tão linda!
Por todo o lado havia flores brancas e roxas, que sempre lá estiveram mas eu, que tinha seis anos, nunca tantas vira!
As brancas eram dos espinheiros, breves como os flocos de neve
...que sempre tentava guardar nas palmas das mãos fechadas.
As outras eram lírios roxos e açucenas, que cobriam o vestido de noiva com que minha mãe seguiria para sempre vestida.
Houve outra primavera quase tão linda: cheirava intensamente a eucalipto e os campos eram verdes verdes!
O rio Tejo ia mais azul que nunca!
Eu passava na minha rotina, pesada com a minha filha, que nasceu noutro Abril, dezanove anos depois.
A minha mãe morreu em Abril...
Nunca a primavera foi tão linda!
Por todo o lado havia flores brancas e roxas, que sempre lá estiveram mas eu, que tinha seis anos, nunca tantas vira!
As brancas eram dos espinheiros, breves como os flocos de neve
...que sempre tentava guardar nas palmas das mãos fechadas.
As outras eram lírios roxos e açucenas, que cobriam o vestido de noiva com que minha mãe seguiria para sempre vestida.
Houve outra primavera quase tão linda: cheirava intensamente a eucalipto e os campos eram verdes verdes!
O rio Tejo ia mais azul que nunca!
Eu passava na minha rotina, pesada com a minha filha, que nasceu noutro Abril, dezanove anos depois.