No convívio era fã de si e não se importava com as opiniões alheias. Partiu e repartiu vários corações em sua volta. Não se fixou em nada e nada a prendeu. Sacudiu a poeira dos pés e continuou sua jornada. Bateu com a cara no muro, fugiu de pontes, afundou na areia movediça de sua irracional perspectiva e caiu...Como sua alma era de cauda de pavão, pensou que a beleza era tudo, mas a gravidade a desafiou e a estética foi-se indo, com o tempo... Plantou discórdia, disseminou ausência de perdão e foi criar minhocas em sua mente doentia. Não demorou muito e surtou: onde estou? E no caminho de volta, daquela estrada de mão única, que tentava fazer, fugiu daquilo que a contrapunha, mas bateu, secou e morreu. Era chegada a hora: razão a sequestrou. E mesmo arrependida, percebia que a sua trajetória tinha lhe fechado as portas. Desesperada, procurava uma brecha, uma luz. E como numa mágica espiritual, encontrou na guarita de retorno, alguém que a enxergasse, sem receios: era a doadora do cordão umbilical que a prendeu no ventre ( única que a amou, mesmo no fim)...E na emoção do reencontro gritou sem medo: foi você que me amou até quando não mereci, mas quando mais precisei... E chorou! Sua fraqueza foi sua maior fortaleza. Agora vinham os reflexos. Era tempo de colher o que plantou.