Matutina
Ingratidão, meu bem
A quem te dá a mão
Afinal, não dá pra ser ingrato com quem não nos proporcionou nada
Indiferença
Meu bem
Essa eu sinto no fundo do teu rancor
Clamando por amor
E destruindo a cada centímetro que se aproxima
Conheço bem a dor,criança
Já dancei essa dança
E guardo um mundo no meu jeito desastrado
Mas você, meu amor
Traçou fortes laços com o pesar
Trouxe para si e para o próximo
Nesse jeito afoito de querer compensar
A falta
Que não volta
E nunca voltará
Mas minha flor
Desamor nunca será
Porque o amor é envolvente e verdadeiro
E nos teus braços o desespero de querer te abraçar
Me fez ver que de amor não tinha nada
Nesse ritmo de ilusão
Cantando sobre minha boca da boca pra fora
E de lágrima adentro chora
Lembrando do que nunca esqueceu
Mas o meu eu, meu bem
De nada tem a ver
Com o teu sadismo compensante
Espero que tal semblante te faça refletir
Um dia eu estive aqui
E você? estava onde?