Car serei eu
Rasgo-me
para não ferir a pele
por trás de uma armadura
que há muito tempo perdura
nessa casca dura
que hei chamar de coração
hei de umedece-lo de amor
para que sangue assim corra
e não morra
nessa masmorra que já chamei de mente
dilacero-me
cada vez um pouco
que exponho
mas suporto o medo
comporto essa dor
pelo que esta mais além
descobri recém
que não se valoriza o mar
antes de ter-se privado dele
é simples assim
o fim dessa nascente
que mente
ser água de beber