Depois da Guerra 7
No tunelamento quântico viajo. Visitei noutro dia, velhinhos nos leitos que temiam a chegada do fim, no limiar do finalmente, quando os corpos estavam a processarem o restante da autorreprodução celular.
O encontro revelou o encurralar daquelas almas nos corpos gastos.
Fragilizados pela finalização anunciada , no leito definidor, olharam nos meus olhos buscando respostas que pudessem levar o desaparecer da insegurança do estado de partida.
Pediam serem amparados, intuiam-me a tomar uma postura , estavam às margens do inarredável fim.
Buscavam no contato, não salvação, nem o evitar de que a morte os tragasse, mas que eu, na presença pelo corpo naquela ocasião, desse amparo para a partida.
Em mim, meio que pelo impulso do momento, lágrimas brotaram em meus olhos.
Via-me na personagem que contracenava com os velhinhos, testemunhei o nascer em m"alma da natureza compassiva.
No coração, a compaixão surgiu como mãe, ditando o que dizer àqueles que iam.
Em meio as lágrimas, dizia com voz irrigada de certeza . Sabia que estava certa:
---- Não se afligem! Estarão no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descançarão.
Deixei o cenário consolada pela compreensão recebida, percebida nas expressões daqueles moribundos, apaziguaram.
Almas, que de aflitas, passaram expressarem aceitação nos olhares. Conforto.
Acordei com o resquício no coração da vibração do vivido. Paz, conforto, segurança.
Entre as guerras nos mundos, existe o tecer de Deus, reformando os estragos. Inovando, costurando o que cria rumo ao perfeito.
Ótica Dele. Irrevelada.