Eira e uma beira

Vem tristeza
Ou melhor, a mesma
Da infancia, da adolescencia
Da maturidade,
Invisivel, sombrio,
algo indescritível
contanto passos
pra outro lado,
Sem terra, sem piso.

Flutuo
Sem asas,
Com algodão e plumas
As placas não indicam certo
as setas...


Desço, a calar a voz
O silêncio abre suas penas
De aguia
De pavão.

Pulo abismo,
Subi,
Desci,
Misterio, uma dor sem hematoma
Não sangra, um luto 
Esse jazigo de marmore e carne,
Com velas falsas acesas,
choram suas lágrimas de cera.

Com  o pensamento sem grades
Sem saber onde ficar.
Observo...Um fantasma.

Feras mansas uivando palavras,
Escrevendo pontos sem sorriso
Faço uma oração, me escutam
Do coração,
Extrairam a paixao sem vida,
Amassada, amarrotada
Séria....Á em eira e, uma beira.
Deixando no lugar um buraco.
Vamos tratar desse estrago
Cicatriz.
os pensamentos sobre isso
Estao mortos ...A dor é escrita,
no quadro negro a giz .


 
Lilian Meireles
Enviado por Lilian Meireles em 03/04/2019
Reeditado em 04/04/2019
Código do texto: T6614669
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